Defuntos

O enterro do morto

Defuntos
Triste ambiente de melancolia acolhe-me nesta noite infindável.
Sou invadido por um dialecto conhecido,
Mas ao mesmo tempo ausente, elevando a mágoa a um altar de dor.
A carência de sofrimento é dolorosa,
E nela a auro do passado seduz-me novamente,
Induzindo a práticas funerárias
O caixão marcha lentamente por ruas envelhecidas,
Choros adornam a sua pulcritude… lágrimas caem na serenidade esquecida,
Semeiam sinais de tristeza envolventes.
A terra irá esconder a sua alma manchada, ou talvez numa gaveta recordado será. queimadas irão estar as cinzas de uma vida, apenas quero estar perto do seu sofrimento.
O corpo jaz desbotado, mas a sua beleza permanece intacta.
Os ciprestes abrigam o corpo da chuva.
A cova alaga-se, e o barro escorre pelas paredes íngremes…
O enterro de algo sagrado aos meus olhos.
Alma lembrança condenada até ao fim, nunca esquecida.
Na vida o devido valor era ignorado, colocado num buraco.
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