De mãos e tentos
Arthur mattosTirando uns tentos mais ou menos grosso'
Carnal pra cima que dormiu na estaca
E acordou c'o a chaira fazendo alvoroço
Cada tento forte, desquinado inteiro
Pelas mãos de jeito, de paciência e arte
Só depois, com outro, é que vai ser guerreiro
Porque, ainda solito, num tirão, se parte
Só depois, com outro, é que vai ser guerreiro
Porque, ainda solito, num tirão, se parte
Pelas mãos de campo, de dar tironaços
Na perícia antiga que aprendeu com outros
Já passaram rédeas, barbicachos, laços
E cabrestos fortes que golpearam potros
É quase um romance entre mãos e tentos
Um tento por baixo, outro vai por cima
Vai crescendo o laço pra cantar nos ventos
Numa trança forte mas c'o a mesma rima
Vai crescendo o laço pra cantar nos ventos
Numa trança forte mas c'o a mesma rima
Vai, desde argola, quase doze braças
De corpo parelho pra encontrar a presilha
Numa armada aberta, é quase uma ameaça
Pela mão que firma mais quatro rodilhas
Pra tentear o laço e firmar a trança
Um pealo de longe, polvadeira erguida
Feito um laço novo, o tempo corre e corta
E, quando a argola solta, nos rebenta a vida
Feito um laço novo, o tempo corre e corta
E, quando a argola solta, nos rebenta a vida
Pelas mãos de campo, de dar tironaços
Na perícia antiga que aprendeu com outros
Já passaram rédeas, barbicachos, laços
E cabrestos fortes que golpearam potros
É quase um romance entre mãos e tentos
Um tento por baixo, outro vai por cima
Vai crescendo o laço pra cantar nos ventos
Numa trança forte mas com a mesma rima
Vai crescendo o laço pra cantar nos ventos
Numa trança forte mas com a mesma rima
É quase um romance entre mãos e tentos
É quase um romance entre mãos e tentos