Contos de joaquim

Soneto - xxi (ou o egoísmo)

Contos de joaquim
Eu divido os meus risos com o mundo
mesmo eles sendo raros, tão mofinos.
Eu partilho o desejo de um destino
de prazer, de amor. Amor fecundo...

Falo baixo, quando quero ser ouvido,
compartilho os meus bens, o meu cigarro
enfeitiço toda dor, todo escárnio,
para a paz renascer como um menino...

Mas a minha generosidade tem limites
e eu guardo para mim certas verdades
mesmo sendo tão iguais suas matizes...

Ocultado pelas faces altruístas,
tenho em mim um tremor - umas maldades -
e uma dor que é deveras egoísta...

Encontrou algum erro na letra? Por favor envie uma correção clicando aqui!